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Poluição plástica segue sem freio após impasse global

Após quase três anos de conversas, ONU não consegue consenso; produção de plástico pode quase triplicar até 2060

Por Ernesto Neves Atualizado em 15 ago 2025, 11h42 - Publicado em 15 ago 2025, 11h33

As negociações para criar um tratado global de combate à poluição plástica terminaram nesta sexta-feira (15) sem consenso, após quase três anos de discussões.

Delegados reunidos na sede da ONU, na Suíça, não chegaram a um texto final, deixando o avanço do acordo em suspenso e sem previsão de nova rodada.

O fracasso ocorre em meio ao avanço acelerado da produção mundial de plásticos, que, segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), mais que dobrou nas últimas duas décadas, alcançando 460 milhões de toneladas anuais, número que pode chegar a 736 milhões de toneladas até 2040 caso não haja mudanças drásticas.

Falta de consenso e “posições inflexíveis”

O presidente da conferência, Luis Vayas Valdivieso, encerrou os trabalhos após delegações rejeitarem um texto que, segundo críticas, não incluía obrigações claras para redução da produção, eliminação de químicos nocivos e criação de um fundo global para financiar a limpeza e a recuperação ambiental.

O impasse foi agravado por divisões históricas: a maioria dos países defendia um acordo robusto, com metas para cortar a produção de plástico e restringir substâncias tóxicas; já um grupo liderado por Arábia Saudita e Kuwait, e apoiado pelos Estados Unidos na reta final, queria focar apenas em reciclagem e gestão de resíduos, evitando limites à produção.

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Riscos à saúde e ao meio ambiente

De acordo com estudo publicado na revista Nature, mais de 25% dos 16 mil compostos químicos presentes nos plásticos já são reconhecidos como perigosos para a saúde humana — e a maioria dos demais nunca foi testada quanto à toxicidade.

Essas substâncias estão presentes em praticamente todos os tipos de plástico e ameaçam ecossistemas marinhos e terrestres.

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ONGs como a OceanCare classificaram o resultado da conferência como uma “oportunidade perdida que o oceano não pode se dar ao luxo de arcar”.

O que vem pela frente

Apesar do impasse, a União Europeia declarou que continuará a pressionar por um tratado mais forte e vinculante.

“Queremos proteger a saúde pública, o meio ambiente e construir uma economia limpa e circular”, afirmou Jessika Roswall, comissária de meio ambiente do bloco.

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Ainda não há data para a retomada das negociações, mas ambientalistas alertam que o tempo está se esgotando.

Sem um acordo ambicioso, a poluição plástica pode atingir níveis irreversíveis, agravando a crise climática e ameaçando espécies já em risco.

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